Fotos Produção Cultural 2011

quinta-feira, 10 de setembro de 2009


Lugares-Fonte

O projeto é uma realização da associação Occupation, com apoio da Cultures France, em comemoração ao Ano da França no Brasil. O Lugares-Fonte conta com oficinas sonora, de iluminação e de instalação plástica trazendo três artistas plásticos: Anne-Julie Rollet (musicista eletroacústico e professora da Escola de Belas Artes de Grenoble/França), Julien Lobbedez (artista autodidata, trabalha com iluminação) e Sebastien Perroud ( trabalha com instalação plástica, graduado na Escola de Belas Artes de Lyon/França e também professor de artes plásticas.). Serão propostas ao estudantes da Escola de Belas Artes da UFRJ três oficinas: sonoridades, iluminação e instalação plástica elas permitirão aos estudantes, experimentar e explorar diferentes tipos de som, fontes sonoras e também manipular e trabalhar a luz como fonte de instalação, as oficinas são um meio de confrontar a instalação artística do Centro Cultural José Bonifácio (tendo como contexto sua própria arquitetura, fotografia, pinturas e etc.) através do olhar de cada participante. Cada oficina contará com 8 estudantes.
A apresentação dos trabalhos individuais e coletivos dos artistas e também as pesquisas dos estudantes feitas durante as oficinas, acontecerá nos dias 25 e 26 de setembro.

O evento acontecerá do dia 14 ao 26 de setembro no Centro Cultural José Bonifácio das 18:30 às 22h.


O Centro Cultural José Bonifácio fica na Rua Pedro Ernesto, 80. Gamboa.
Tel. 2233-7754

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ESTUDANTE NÃO É ALUNO

A ditadura militar de 64 proibiu as organizações de classe dos estudantes e instituiu, graças às prisões, aos seqüestros e aos assassinatos das lideranças estudantis, a cultura do “aluno” universitário. Decorridas mais de duas décadas após a redemocratização do Brasil, a cultura do “aluno” universitário domina nos campi, apesar da volta à atividade dos centros acadêmicos, dos DCEs e da UNE.

Se é para falar sério de educação democrática, então é preciso, em primeiro lugar, levar em conta a diferença entre educação e ensino: como os verbos indicam, na educação a ênfase é no indivíduo (educa-se alguém), enquanto no ensino a ênfase é na coisa (ensina-se algo a alguém).

O individuo que ingressa numa universidade é, em regra, um jovem no final da adolescência e no início da vida adulta. A educação do jovem não pode ser a mesma do adolescente ou da criança. O trote é justamente um rito de passagem, para marcar na carne a entrada na vida adulta autônoma: o estudante terá que aprender a lidar com a liberdade e com a responsabilidade. Liberdade é escolha, opção, o que gera angústia e insegurança, enquanto responsabilidade é a capacidade de arcar com as conseqüências das opções assumidas, o que depende de esforço concentrado e de resistência a tensões.

A universidade que só ensina é a universidade do aluno, autoritária e anárquica, burocrática, distante do trabalho produtivo. A universidade do ensino integrado à pesquisa e à extensão, comprometida com a produção efetiva e a inovação tecnológica, com o público de carne e osso, seu vizinho, só pode ser a universidade do estudante.

Enéas Valle