Fotos Produção Cultural 2011

terça-feira, 21 de julho de 2009

EMBALAGENS PLÁSTICAS SE TRANSFORMAM EM TECIDO!!



O laboratório recebeu no dia 8 de junho a artista plástica norte-americana Taylor Stevenson. A artista trouxe idéias de como reaproveitar embalagens plásticas de arroz, feijão, açúcar e outras do gênero, transformado-as em uma espécie de tecido e assim produzir bolsas, estojos, carteiras e etc. A artista junto com os estudantes da turma de “Escultura e Reciclagem” realizou diversas experimentações com plástico e calor, testando a possibilidade de outros tipos de plástico, como plástico bolha, sacolas de supermercado, copos descartáveis e plásticos de densidade diferente.
Para a oficina foram necessários os seguintes materiais: embalagens plásticas de cores e tamanhos diversos, plásticos lisos (preferencialmente transparentes), ferro de passar roupa, uma bancada grande (para passar o tecido), um
longo tecido de algodão (para evitar o contato do plástico com o a superfície do ferro).



Como fazer a bolsa de plástico?
O processo é muito simples, comece organizando as embalagens sobre a bancada e em cima delas colocaque o plástico transparente. Para unir os dois plásticos é necessário aquece-los através do ferro de passar (para que os plásticos não grudem no ferro é usado o tecido de algodão).
Feito isso é só passar normalmente sempre observando a aderência dos plásticos (é importante que os dois se juntem totalmente sem deixar espaços de ar pelo novo tecido).


ESTUDANTE NÃO É ALUNO

A ditadura militar de 64 proibiu as organizações de classe dos estudantes e instituiu, graças às prisões, aos seqüestros e aos assassinatos das lideranças estudantis, a cultura do “aluno” universitário. Decorridas mais de duas décadas após a redemocratização do Brasil, a cultura do “aluno” universitário domina nos campi, apesar da volta à atividade dos centros acadêmicos, dos DCEs e da UNE.

Se é para falar sério de educação democrática, então é preciso, em primeiro lugar, levar em conta a diferença entre educação e ensino: como os verbos indicam, na educação a ênfase é no indivíduo (educa-se alguém), enquanto no ensino a ênfase é na coisa (ensina-se algo a alguém).

O individuo que ingressa numa universidade é, em regra, um jovem no final da adolescência e no início da vida adulta. A educação do jovem não pode ser a mesma do adolescente ou da criança. O trote é justamente um rito de passagem, para marcar na carne a entrada na vida adulta autônoma: o estudante terá que aprender a lidar com a liberdade e com a responsabilidade. Liberdade é escolha, opção, o que gera angústia e insegurança, enquanto responsabilidade é a capacidade de arcar com as conseqüências das opções assumidas, o que depende de esforço concentrado e de resistência a tensões.

A universidade que só ensina é a universidade do aluno, autoritária e anárquica, burocrática, distante do trabalho produtivo. A universidade do ensino integrado à pesquisa e à extensão, comprometida com a produção efetiva e a inovação tecnológica, com o público de carne e osso, seu vizinho, só pode ser a universidade do estudante.

Enéas Valle