LabPP-Esc EBA/UFRJ: agosto 2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009

FESTCINE
IV FESTIVAL DE CINEMA UNIVERSITÁRIO
BELO HORIZONTE- RIO DE JANEIRO
2009

O Festcine é um lugar de integração onde jovens universitários trocam experiência e idéias com jovens de periferia, oriundos de vilas e favelas que através de programas sócio-culturais participam de cursos de vídeo-DVD, oficinas, debates, workshops e etc. tendo a oportunidade de mostrar suas criações.

Ao longo de suas edições o Festival vem atingindo seu objetivo, reunindo e estabelecendo uma maior aproximação entre profissionais, professores e estudantes de cinema, divulgando e incentivando a produção independente-acadêmcia e formando parcerias importantes na continuidade do projeto ( Portugal, Angola, Moçambique e este ano a República da Guiné-Bissau).

A quarta edição do festival contará com a Mostra Oficial Competitiva, Mostra Paralela, Mostra Especial de Vídeo/DVD, Retrospectiva do Cinema Brasileiro,e em sessão especial, filmes do Festival INDIE LISBOA, do Festival Internacional de Cinema do Algarve- FICA 2009 e a criação e produção de curtas realizados por estudantes de Portugal, através da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e da escola ETIC- Escola Técnica de Imagem e Comunicação, de Lisboa.

Esse ano, em sua quarta edição, a Cohésion Produções (produtora e criadora do evento) em parceria com a Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA) realizará a abertura do Festival sob o tema “Identidade e Diversidade” junto ao LabPP-Esc no Auditório Moniz de Aragão (Salão Azul) no dia 24 de agosto, homenageando a atriz Ruth de Souza. O LabPP-Esc participará do festival, também,exibindo alguns de seus trabalhos e eventos como: "Sambyte", "Novos rituais para o novo milênio" e alguns vídeos universitários experimentais.

Vale a pena conferir!!!
O evento acontecerá dos dias 24 à 28 de Agosto no prédio da Reitoria da UFRJ ( campus do Fundão)

ESTUDANTE NÃO É ALUNO

A ditadura militar de 64 proibiu as organizações de classe dos estudantes e instituiu, graças às prisões, aos seqüestros e aos assassinatos das lideranças estudantis, a cultura do “aluno” universitário. Decorridas mais de duas décadas após a redemocratização do Brasil, a cultura do “aluno” universitário domina nos campi, apesar da volta à atividade dos centros acadêmicos, dos DCEs e da UNE.

Se é para falar sério de educação democrática, então é preciso, em primeiro lugar, levar em conta a diferença entre educação e ensino: como os verbos indicam, na educação a ênfase é no indivíduo (educa-se alguém), enquanto no ensino a ênfase é na coisa (ensina-se algo a alguém).

O individuo que ingressa numa universidade é, em regra, um jovem no final da adolescência e no início da vida adulta. A educação do jovem não pode ser a mesma do adolescente ou da criança. O trote é justamente um rito de passagem, para marcar na carne a entrada na vida adulta autônoma: o estudante terá que aprender a lidar com a liberdade e com a responsabilidade. Liberdade é escolha, opção, o que gera angústia e insegurança, enquanto responsabilidade é a capacidade de arcar com as conseqüências das opções assumidas, o que depende de esforço concentrado e de resistência a tensões.

A universidade que só ensina é a universidade do aluno, autoritária e anárquica, burocrática, distante do trabalho produtivo. A universidade do ensino integrado à pesquisa e à extensão, comprometida com a produção efetiva e a inovação tecnológica, com o público de carne e osso, seu vizinho, só pode ser a universidade do estudante.

Enéas Valle